domingo, 2 de agosto de 2009

Brincando de poetizar





Gostar de poesia não significa ser poeta
E poderia o poeta nunca poetizar?
Há tanta poesia em um olhar
Que seria o dono desse um poeta?
As flores que desabrocham e perfuma o ar
Foi uma poesia composta pelo Criador?
Ou seria o jardineiro o seu compositor?
então seria também poeta quem a admira?
E o amanete que a rouba para a sua amada presentear
Que versos mais fortes poderia conter esse amor
Seria necessário a ele, rimar?
O que é ser poeta senão ser amante e se doar?
Sejam palavras, canções ou o simples ressoar
De um coração que ama e não teme se entregar?
Os braços de uma mãe que acolhe o filho após uma travessura
O olhar que repreende tão cheio de ternura
Não é em sua simplicidade a mais simples poesia?
E que se diz do amor, tão despretencioso,
Que faz o amigo chorar a dor do outro?
Que poesia mais singela pode existir
Que o rosto de uma criança a sorrir?
Como não ver poesia no rubor de uma face apaixonada
Ou nos olhos que choram?
Os raios de sol que penetram o inverno aquecendo a pele
Não é a poesia se fazendo sentir?
E a água que corre entre os seichos do riacho
Não é a sua canção uma expressão poética?
A poesia está na vida, em cada partícula.
Nos fazendo, todos, poetas!

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