Devaneios
de uma paixão
Corro
os dedos pela vidraça
O
duro e frio contato do vidro
Lembra
a tua ausência
A
saudade de ter sob os dedos
O
calor e a suavidade da tua pele
Meus
olhos desviam-se para o chão
Brandos,
serenos e tristes
Enterrados
na paixão que já não existe
Ou
que existe em demasia
Que
de tão intensa e sufocante
Cria
as mais belas fantasias
Meus
pés me levam a rodopiar
Ao
som de uma música silenciosa
Que
toca fundo em meu peito
Ressoando
o sussurro da tua voz
Até
eu acordar do devaneio
Abrir
os olhos e ver a realidade
Me
sufocar em sua verdade
Então
voltar para as asas da loucura
E
fixar-me em sua morada.
Rosinha Morais
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