terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Devaneios de uma paixão

Corro os dedos pela vidraça
O duro e frio contato do vidro
Lembra a tua ausência
A saudade de ter sob os dedos
O calor e a suavidade da tua pele
Meus olhos desviam-se para o chão
Brandos, serenos e tristes
Enterrados na paixão que já não existe
Ou que existe em demasia
Que de tão intensa e sufocante
Cria as mais belas fantasias
Meus pés me levam a rodopiar
Ao som de uma música silenciosa
Que toca fundo em meu peito
Ressoando o sussurro da tua voz
Até eu acordar do devaneio
Abrir os olhos e ver a realidade
Me sufocar em sua verdade
Então voltar para as asas da loucura
E fixar-me em sua morada.

Rosinha Morais 









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